Sistema Simbólico e Economia na Pré-História Recente do Sudoeste Ibérico
A Linguagem dos Artefactos Ideotécnicos
https://doi.org/10.34780/f834-k9dd
Résumé
O presente estudo trata de uma abordagem diacrónica
das evidências simbólicas e religiosas desde
as primeiras comunidades agrícolas (6º milénio
a.C.) até às sociedades do Calcolítico Tardio/princípio
da Idade do Bronze (2ª metade do 3º milénio
a.C.) do Sudoeste Ibérico. Revisitar a cultura material,
sobretudo do sul de Portugal, numa perspectiva
socioeconómica e de longa duração permite
construir uma interpretação abrangente dos
ideoartefactos, símbolos e arte como um sistema
simbólico dialeticamente articulado com a estrutura
económica das diferentes formações sociais
consideradas. Assim, a nossa narrativa move-se
entre as primeiras comunidades camponesas e o
seu percurso para a consolidação de sociedades
baseadas em relações de parentesco, apoiadas na
ideologia megalítica, e o dealbar da Idade do Bronze
Inicial, quando a sociedade tradicional baseada
no parentesco dá lugar a uma sociedade instável,
com poder centralizado e personalizado no último
quartel do 3º milénio cal BC.
Mots-clés :
Pré-História Recente, Sudoeste da Península Ibérica, Sistema Simbólico, Artefactos Ideotécnicos